Aplicação web: o que é, como funciona, tipos, vantagens e diferença para aplicação nativa e website

A aplicação web transformou a forma como usamos a tecnologia no dia a dia. Antes, os softwares eram desenvolvidos para funcionar apenas em computadores, com instalação local e atualizações manuais. Inclusive, os desenvolvedores os vendiam em mídias físicas, tratando como um produto único.

Porém, esse cenário mudou com o avanço da computação em nuvem. Hoje, vivemos a era das aplicações web, que estão presentes em praticamente todas as nossas atividades online. Elas tornaram os sites muito mais do que simples páginas informativas, oferecendo recursos avançados, serviços e interatividade em tempo real.

Além disso, esse modelo eliminou muitas das limitações dos softwares tradicionais. Aliás, você provavelmente já usa aplicações web todos os dias, mesmo sem perceber. Plataformas de e-mail, redes sociais, lojas virtuais e até serviços de streaming são exemplos claros desse tipo de solução.

Neste conteúdo, você vai entender o que é uma aplicação web, como ela funciona e quais são seus principais componentes. Também verá os tipos mais comuns, além das diferenças entre website, aplicação web e aplicação nativa. Por fim, vai conferir os benefícios que esse modelo oferece para usuários e empresas.

O que é aplicação web?

Uma aplicação web é um software que funciona diretamente em navegadores, como Chrome, Firefox ou Safari. Diferente dos programas tradicionais, ela não precisa ser instalada no computador. Basta acessar pela internet para começar a usar.

Na prática, é um sistema criado para rodar na web, com base em linguagens como HTML, CSS e JavaScript. Assim, oferece funcionalidades completas sem depender de sistemas operacionais. Por isso, você pode acessar uma aplicação web de qualquer dispositivo conectado à internet.

Atualmente, muitos serviços online são, na verdade, aplicações web. Por exemplo, e-mails, redes sociais, lojas virtuais, editores de texto online e plataformas de streaming. Além disso, recursos como carrinhos de compra, filtros de busca, chats e feeds de notícias fazem parte desse conceito.

A computação em nuvem impulsionou esse modelo. Com ela, as empresas passaram a oferecer serviços robustos diretamente pela internet. Dessa forma, os usuários conseguem acessar ferramentas e armazenar dados sem ocupar espaço no computador.

Hoje, as aplicações web são fundamentais para empresas que precisam oferecer serviços remotos. Elas permitem interações rápidas, seguras e eficientes com clientes, parceiros e equipes.

Além disso, vale destacar que essas aplicações seguem princípios da engenharia de software. Isso garante estabilidade, segurança e escalabilidade. Portanto, é uma solução prática, moderna e cada vez mais presente no nosso dia a dia digital.

Como funciona uma aplicação web?

Uma aplicação web funciona por meio da comunicação entre navegador, servidor e internet. Tudo começa quando o usuário acessa um endereço (URL) no navegador. Esse pedido é enviado a um servidor DNS, que localiza o IP do site.

Em seguida, o navegador se conecta ao servidor onde a aplicação está hospedada. Esse servidor processa a solicitação e envia de volta as informações necessárias para exibir a página.

Por exemplo, ao acessar uma rede social, o usuário preenche o login e clica em “Entrar”. Nesse momento, o navegador envia os dados ao servidor por meio dos protocolos HTTP ou HTTPS. Então, o servidor verifica essas informações no banco de dados e responde com a página correta.

Se os dados estiverem corretos, o usuário acessa seu perfil e pode interagir normalmente. Caso contrário, o sistema envia uma mensagem de erro.

Além disso, cada ação feita na aplicação gera uma nova troca de dados. Ao publicar uma foto, comentar ou curtir, o navegador faz uma nova requisição. O servidor processa, salva no banco de dados e devolve a resposta ao usuário. Porém, todo esse processo acontece de forma rápida e transparente. O usuário não percebe, mas há uma série de requisições e respostas sendo trocadas entre o navegador e o servidor a todo momento.

Principais componentes de uma aplicação web

Uma aplicação web funciona a partir da integração de quatro componentes principais. Veja quais são e como cada um atua:

• Cliente (Frontend): É a interface que o usuário acessa pelo navegador. Permite interações, como preencher formulários, clicar em botões e visualizar informações. Normalmente, é desenvolvido com HTML, CSS e JavaScript.
• Servidor (Backend): Processa as solicitações feitas pelo usuário. Executa regras de negócio, acessa o banco de dados e envia as respostas para o frontend. Geralmente, utiliza linguagens como Python, Java, PHP ou JavaScript. Também faz uso de frameworks como Node.js e Ruby on Rails.
• Protocolo HTTP/HTTPS: É o meio de comunicação entre cliente e servidor. O HTTP transmite os dados de forma padrão. Já o HTTPS oferece mais segurança, pois usa criptografia para proteger as informações.
• Banco de dados: Armazena todas as informações da aplicação, como dados de usuários, produtos e conteúdos. Pode ser relacional, como MySQL e PostgreSQL, ou não relacional, como MongoDB e Redis.

Veja também: "Servidor Node.js: Hospedagem para Aplicações Web"

Principais tipos de aplicações web

Existem diversos tipos de aplicações web, cada uma com funções e características específicas. Confira as principais:

• Aplicações web progressivas (PWA): Oferecem uma experiência parecida com a de aplicativos móveis. Funcionam offline, enviam notificações e podem ser instaladas na tela inicial do dispositivo. Além disso, são leves e rápidas. Exemplos: X (antigo Twitter) e Pinterest.
• Aplicações web corporativas: São desenvolvidas para atender processos internos das empresas. Incluem sistemas como ERP, CRM, gestão financeira e controle de estoque. Esse tipo de aplicação ajuda a melhorar a produtividade e a organização do negócio.
• Aplicações web de comércio eletrônico: Permitem que empresas vendam produtos e serviços online. Contam com funcionalidades como catálogos, carrinho de compras, meios de pagamento e controle de pedidos. Exemplos: Amazon, eBay e Shopify.
• Aplicações web sociais: Facilitam a comunicação, a criação de conteúdo e o relacionamento entre usuários. São plataformas que oferecem recursos como publicações, comentários, chats e vídeos. Exemplos: Facebook, LinkedIn e Instagram.
• Aplicações web de e-mail: Permitem acessar, enviar e organizar e-mails diretamente pelo navegador. Muitas ainda oferecem outros recursos, como chats e videoconferências. Gmail e Outlook são dois exemplos bastante conhecidos.
• Aplicações web de gestão de conteúdo (CMS): São plataformas que ajudam na criação e atualização de sites e blogs, sem exigir conhecimentos técnicos. Muito usadas por quem produz conteúdo frequentemente. Exemplos: WordPress, Joomla e Drupal.

Qual a diferença entre website e aplicação web?

Embora muita gente confunda, website e aplicação web não são a mesma coisa. Ambos funcionam na internet, mas têm objetivos e funcionalidades diferentes.

O website é, basicamente, um conjunto de páginas estáticas. Seu foco principal é apresentar informações, conteúdos e permitir navegação por meio de menus e links. É mais comum em sites institucionais, blogs ou portais de notícias. O usuário acessa o conteúdo, mas sua interação possui limitações.

Por outro lado, a aplicação web é um sistema completo, que permite realizar tarefas, interagir, enviar e receber dados em tempo real. Ela executa funções específicas, como compras, publicações, edição de arquivos e muito mais. Plataformas como Netflix, Gmail e redes sociais são exemplos claros.

Além disso, as aplicações web surgiram para suprir uma demanda antiga. No início da internet, os sites apenas exibiam informações. Para executar funções mais avançadas, era necessário instalar softwares no computador. Com o avanço da tecnologia, as aplicações passaram a oferecer esses serviços diretamente no navegador.

Portanto, a diferença está no nível de interatividade. Enquanto o website entrega conteúdo pronto, a aplicação web oferece ferramentas, recursos e serviços, dependendo da ação do usuário.

Porém, vale destacar que essa linha ficou mais tênue nos últimos anos. Hoje, muitos websites incorporam recursos interativos típicos de uma aplicação. Mesmo assim, a principal distinção permanece: o site informa, a aplicação permite interagir e executar funções.

Qual é a diferença entre uma aplicação web e uma aplicação nativa?

A principal diferença entre aplicação web e aplicação nativa está na forma como elas são acessadas e utilizadas. A aplicação web funciona diretamente no navegador. Não exige download nem instalação no dispositivo. Basta acessar um link para utilizar os serviços. Ela é desenvolvida com linguagens como HTML, CSS e JavaScript. Além disso, pode ser acessada de qualquer dispositivo com internet, seja computador, tablet ou celular.

Por outro lado, a aplicação nativa é criada para funcionar em um sistema operacional específico, como Android ou iOS. O usuário precisa fazer o download em lojas de aplicativos, como Google Play ou App Store. Só depois disso ela estará disponível no dispositivo.

Outro ponto importante é que cada plataforma exige uma versão diferente da aplicação nativa. Isso significa que, se a empresa quiser atingir usuários de Android e iOS, precisará desenvolver e manter dois aplicativos distintos, seguindo os padrões de cada loja de aplicativos.

Além disso, as atualizações das aplicações nativas também dependem do usuário. Ele precisa baixar manualmente cada nova versão lançada pelos desenvolvedores.

Benefícios das aplicações web

As aplicações web oferecem uma série de vantagens, tanto para usuários quanto para empresas. Confira os principais benefícios:

• Praticidade para o usuário: Não exigem download nem instalação. Além disso, não ocupam espaço no dispositivo e não exigem manutenções manuais. Toda atualização é feita diretamente pelos desenvolvedores, de forma automática.
• Escalabilidade: Podem ser facilmente ampliadas para atender mais usuários. A infraestrutura, geralmente baseada em nuvem, permite ajustes de recursos conforme a demanda. Assim, a aplicação continua estável, mesmo em períodos de alto tráfego.
• Acessibilidade: Estão disponíveis em qualquer lugar, a qualquer hora, desde que haja conexão com a internet. Isso permite que usuários acessem a aplicação de diferentes dispositivos, como computadores, tablets e celulares.
• Custo-benefício: O desenvolvimento e a manutenção costumam ser mais baratos que em aplicações tradicionais. Como tudo funciona online, não há custos com instalação local nem distribuição física. Além disso, o suporte e as atualizações são centralizados, o que reduz despesas.
• Compatibilidade entre plataformas: Funcionam diretamente nos navegadores. Por isso, são compatíveis com qualquer sistema operacional, como Windows, Linux, macOS, Android e iOS. Isso elimina a necessidade de criar versões específicas para cada plataforma.

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